Plano de Mineração abordará de forma integrada as diferentes etapas da geologia, mineração e transformação

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O ministro de Minas e energia, Edison Lobão, lançou, nesta terça-feira (08) o Plano Nacional de Mineração 2030, programa que norteará o setor mineral brasileiro nos próximos 20 anos. Entre as ações previstas, está a criação da Agência Nacional de Mineração, do Conselho Nacional de Política Mineral, a consolidação do Marco Regulatório da Mineração, além de mudança na outorga dos títulos minerais e uma nova política para os royalties da mineração.

O ministro comentou, na ocasião, o papel econômico da mineração e destacou a participação do setor mineral no Produto Interno Bruto (PIB). “é importante ressaltar que o ministério é responsável por formular políticas de atividades econômicas que respondem por aproximadamente 10% do PIB brasileiro, dos quais 4% são provenientes do setor mineral”, afirmou. O setor mineral, em 2010, obteve um faturamento de 157 bilhões de dólares e gerou divisas que alcançaram 51 bilhões de dólares, correspondendo a 25% do total das exportações brasileiras.

O plano é fruto de um processo de consulta amplo, resultante de uma série de estudos, reuniões e oficinas coordenadas pelo MME. As mudanças propostas pelo PNM – 2030 também incluem maior controle e fiscalização dos direitos minerários que, segundo o ministro, “a população é quem tem o direito deve usufruir dessa riqueza, muitas vezes exportada sem benefícios ao país”.

O PNM – 2030 soma-se ao conjunto de iniciativas do ministério que apontam para ampliar o conhecimento geológico do território nacional, fortalecer a gestão dos recursos minerais e fomentar a agregação de valores e conhecimentos expressos em geração de renda e emprego com a extração dos bens minerais do Estado.

Sobre o Plano

Esta é a quarta edição do Plano Nacional de Mineração, sendo que o último é do ano de 1994. O PNM – 2030 tem como base três diretrizes: governança pública, agregação de valor e adensamento de conhecimento e sustentabilidade. Este é o primeiro plano de longo prazo que contempla a primeira etapa de industrialização dos minérios, a transformação mineral. Segundo o secretário de Geologio, Mineração e Transformação Mineral, Claudio Scliar, “o plano é uma ferramenta que contribuirá na construção de uma Brasil soberano e sustentável com melhor conhecimento e aproveitamento dos seus recursos minerais”.

Scliar, que explicou o PNM – 2030 e todo o processo de elaboração do plano, disse que foram realizados 84 estudos que fizeram um panorama do setor mineral brasileiro e sua posição mundial, as perspectivas e cenários possíveis, assim como uma previsão de demanda, investimentos e recursos humanos.

Fonte: Assessoria de Comunicação Social Ministério de Minas e Energia