FMI revê projeção do PIB do Brasil para 4,5% em 2011

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O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou hoje (25) a análise sobre as perspectivas para a economia mundial em 2011 e 2012, depois da crise financeira internacional. O FMI elevou a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 4,1% para 4,5%. Porém, para 2012, o pessimismo é mantido, e a projeção do PIB é estimada em 4,1%. De uma forma geral, o relatório “Atualização das Perspectivas Econômicas Mundiais” conclui que a recuperação da economia segue velocidades distintas – uma para países em desenvolvimento e outra para desenvolvidos.

Nas economias avançadas, a atividade é apontada como moderada e o desemprego aparece de forma elevada. Os Estados Unidos, por exemplo, na previsão no Fundo, deve crescer 3% este ano e 2,7% em 2012. A taxa média na zona do euro deve ficar em 1,5% neste ano e 1,7% em 2010, com a Alemanha e Inglaterra como as únicas economias da região a experimentarem crescimento acima de 2% nos dois próximos anos projetados. Nas economias em desenvolvimento, o crescimento médio deve oscilar em torno de 6,5%, indicando uma desaceleração modesta do crescimento, em comparação a 7% registrados em 2010.

China e índia, por exemplo, apesar de em um ritmo menor de elevação de PIB, manterão seus índices em torno de 9,5% (China) e 8% (índia). O FMI recomenda que, para estimular o crescimento e a redução da pobreza, os líderes devem priorizar a política de adequação da composição dos gastos do governo e fontes de receita. Segundo o Fundo, a inflação está sob controle na maioria dos países e a política monetária também é elogiada como “apropriada”. No entanto, há um alerta que vale para os países desenvolvidos e os em desenvolvimento que é sobre a potencial pressão de alta das commodities.

O FMI adverte ainda que é necessário incluir entre as prioridades o acompanhamento intensivo e a regulamentação do setor financeiro, assim como a adoção de políticas baseadas no financiamento público de planejamento e controle de gastos do governo, incluindo investimentos em infraestrutura. Nas economias em desenvolvimento ou “emergentes”, como aparece no relatório, há uma espécie de flutuação no setor. A tendência, de acordo com os analistas, é haver uma recuperação que começou no segundo semestre de 2010.

Porém, a turbulência em meados de 2010 aumentou o risco global principalmente nos mercados emergentes. De acordo com as projeções do FMI, a recuperação econômica deve se manter. Mas há um alerta para a chamada zona do euro com destaque para as economias da Irlanda e Grécia, que sinalizaram dificuldades internas. A atividade nas economias avançadas deve expandir até 2,5% no período de 2011 a 2012, segundo os analistas.

Fonte: Agência Brasil